A inversão dos papéis na cama é uma prática ainda permeada por preconceitos, tanto por parte dos homens quanto das mulheres, entre os casais heterossexuais.
Para o homem, o toque e a estimulação na região anal nem sempre são bem recebidos. O prazer que essa estimulação proporciona vem sempre associado com a ideia de uma homossexualidade, mesmo não havendo o desejo sexual por outro homem. Imagine então pensar ser penetrado.
Além disso, a prática inverte os papéis definidos socialmente, dando à mulher, na hora H, o sentido de poder e controle (ativa), enquanto o homem se deixa levar na situação (passivo). Para certas pessoas a inversão, apenas como fantasia, não funciona como estímulo erótico.
O fato é que a brincadeira não altera os papéis exercidos pelo casal no cotidiano e nem suas preferências sexuais. Ela é mais uma forma de obter satisfação e mexer na rotina sexual do casal.
Para a prática existem no mercado alguns modelos de cinta peniana – com pênis coloridos feitos de silicone, em tamanhos variados, com ou sem vibração – que é ajustada na cintura da mulher.
Iniciar com a estimulação tátil na região do períneo e do ânus do seu parceiro pode ser o começo. Logo você saberá se ele rejeita ou aceita o contato. Filmes pornôs com essa temática podem ajudar a desenvolver o assunto e cada um pode falar sobre seus limites e consequências.
Caso ele rejeite a brincadeira, o jeito é você se contentar com a fantasia durante a transa ou criar junto com ele uma nova fantasia.
Segundo Oswaldo Rodrigues Junior, terapeuta sexual e diretor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade), culturalmente aprendemos a enxergar os homens como viris, seres que dão ordens e são obedecidos, e as mulheres como submissas.
Para muitas pessoas, entretanto, seguir os papéis que a sociedade impõe tem um custo emocional alto. Por isso, em algumas situações elas buscam exercer o papel oposto ao exigido, o que se denomina inversão de papéis."Isso leva alguns casais a usarem as cintas penianas nas atividades sexuais", explica o psicólogo.
Os homens podem se deixar conduzir, enquanto as mulheres se sentem mais poderosas, masculinizadas, no comando da situação.
Há, evidentemente, o aspecto físico: vários homens sentem prazer com a estimulação anal, sem que isso inclua desejos homossexuais. O tesão é pela parceira, e é ela quem deve realizar a penetração.
nem todos os homens conseguem experimentar essa vivência facilmente.
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