A primeira vez que o conceito de Bear (urso) apareceu publicamente, foi no artigo de George Mazzei para a revista The Advocate em 26 de julho de 1979.
Nosso amigo Urso
O artigo, que também trazia ilustrações do cartunista Gerard Donelan, categorizava tipos de gays e lésbicas relacionando-os com animais comumente vistos em zoológicos.
Com o nome Who’s who at the Zoo? (Quem é quem no zoológico), o artigo ainda relacionou gays a diversos animais como corujas, cisnes, gatos e outros.
Atentos a isso, Richard Bulger e seu parceiro Chris Nelson trabalharam para criar a revista Bear Magazine, lançada em 1987.
A revista deu ainda mais força para a tipificação proposta por Mazzei e ganhou ainda mais detalha-mento entre os fãs dos gordinhos peludos.
Contudo, a questão principal do da comunidade ursina ainda está na aceitação do seu corpo em opo-sição aqueles ideais de estética que vemos diariamente, ou seja, homens magros, musculosos e sem pelos.
Desse modo, a cultura ursina abriu para muitos homens gays a possibilidade de vivenciar sua sexua-lidade sem ter que mudar radicalmente sua aparência, gostos ou atitudes.
Na época de sua ascensão, por exemplo, o mundo ursino democratizou e abriu novas opções para homens americanos ruralistas, que não se achavam dentro do mundo gay urbanizado.
O conceito chegou ao Brasil no final da década de 1990, formando seus primeiros clubes e eventos em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Recife.
Hoje a cultura dos ursos é bem difundida e cresce ainda mais neste momento em que há uma busca na moda por homens com barba, item fundamental na cultura ursina.
Aliás, o recente movimento estético do lumberssexual, inspirado no lenhador americano, já está presente na cultura ursina desde seu início.
Muitos ursos se inspiraram na estética do lenhador para compor seu visual e comportamento.
Mesmo o distanciamento que este homem tem ao exercer sua profissão, foi relacionado com a reclusão que os homens ursos tinham do universo gay, devido ao seu peso.
De modo geral, podemos entender o homem urso como o indivíduo que mantém seus pelos corporais e a barba.
Alguns podem ser bem gordos e pesados, forte e musculosos, porém dentro da cultura ursina também existem os mais magros.
Com o crescimento deste movimento, seus adeptos foram ganhando alguns códigos para defini-los melhor dentro da cultura.
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