segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Sexo pago: o prazer e o vício


Aparentemente uma diversão, sair com garotas de programa pode virar rotina






Falar sobre prostituição não é das tarefas mais fáceis, principalmente no Brasil, onde esta troca consciente de favores sexuais entre as pessoas causa tanta polêmica e divisão de opiniões. Disseminada há muito tempo no mundo inteiro, este trabalho é pouco aceito pela sociedade, que muitas vezes acusa o cliente de ser incapaz de conseguir o amor e, consequentemente manter relações sexuais com alguém sem pagar. Como em todo o ramo, existem os bons e maus profissionais e claro que neste segmento a coisa é um pouco pior, já que muitas jovens são aliciadas e forçadas a oferecer seu corpo, muitas vezes única maneira de sobreviver. 








Outro problema, também muito sério e que atinge uma parcela da população é o vício em garotas de programa. 


Como foi dito, a prostituição não é novidade pra ninguém, na Grécia antiga e em Roma, as garotas de programa eram desejadas pelos homens e vistas até mesmo com certo glamour. Nos dias de hoje o cenário mudou um pouco e essas moças fazem parte de uma espécie de submundo, sem muita atenção da sociedade. Porém ao andar pelo centro das grandes cidades é possível encontrar anúncios destas meretrizes do sexo em orelhões e casas noturnas, muitas delas bem luxuosas, espalhadas pelos quatro cantos. Ao adentrar um destes estabelecimentos é fácil dar de cara com executivos, advogados, médicos, muitas vezes casados e com um único propósito, sexo fácil. 







Outra prática recorrente acontece com os jovens, sedentos por sexo e no auge da puberdade, os garotos são incentivados por amigos ou até mesmo pelo pai a perder a virgindade com prostitutas. Falando sobre o tema, a sexóloga do Instituto Kaplan Sandra Lima Vasques acredita que não é legal perder a virgindade com uma garota de programa.



"Pouco tempo atrás a iniciação sexual dos garotos acontecia muitas vezes com prostituas. Neste caso é muito bom que o panorama tenha mudado, pois é bem melhor que eles tenham a possibilidade de começar com alguém com quem também possa compartilhar afeto e não apenas tesão," ressalta. 


O vício 






Sair com uma garota de programa pode ser uma decisão aparentemente inofensiva, afinal de contas é apenas sexo, não é? Em todo o caso, como toda a dependência, a primeira vez pode passar a falsa sensação de controle da situação, mas é preciso tomar alguns cuidados para não se complicar no futuro. Os especialistas afirmam que a coisa sai dos eixos quando o hábito começa a prejudicar a vida do indivíduo. 


"Se o homem não consegue controlar sua vontade, mesmo que perceba que aquilo não é adequado naquele momento, deixa de viver os relacionamentos da vida no dia a dia, então ele tem problemas. Em geral isso acontece quando, na 'vida real', ele tem dificuldade de enfrentar os desafios, os conflitos ou é muito tímido e inseguro," salienta Sandra Vasques. 





A fantasia e falta de 'comparecimento' da esposa na cama são outros pontos fortes para o alto índice de público nos prostíbulos. Em uma mesa de bar é quase certo que algum homem está reclamando de como sua esposa é conservadora no sexo, os motivos são os mais variados, pode ser porque ela não embarca nas fantasias sexuais do maridão, como se vestir de professora ou policial, se recusa a variar nas posições oferecidas pelo Kama Sutra e de maneira nenhuma topa fazer sexo anal (fetiche de quase 100% dos homens).



"É natural no relacionamento a dois que a mulher tenha determinadas preferências que não são exatamente as mesmas do homem, que ela diga que não gostou de algo, que prefere de outra maneira, ou então que resista a algo que o homem deseja. O que fazer então? O ideal é conversar com a garota, ouvir o que ela quer. Muitas vezes o homem é muito inseguro e fica com medo da conversa. Daí, nada mais confortável que uma garota de programa, que não reclama, não critica e faz tudo o que ele quer," é o que diz a sexóloga do Instituto Kaplan Sandra Vasques. 






Tratando o problema 



Uma coisa é fato, quando uma simples ida ao prostíbulo se torna um hábito quase que diário, algo está muito errado. Como todo o dependente, não é fácil procurar tratamento, principalmente quando se trata da compulsão por garotas de programa, já que o homem se sente constrangido em admitir o vício. De toda maneira é preciso buscar ajuda, pois além de perder dinheiro (já que um programa pode custar mais de R$400), o risco de contrair alguma DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) aumenta bastante. Para Sandra, conscientização é o primeiro passo no caminho da cura. 






"O indivíduo precisa entender o que o leva a este vício e encontrar forças para resgatar seu equilíbrio. Uma psicoterapia pode ajudar muito. Em alguns casos é necessária assistência psiquiátrica para a prescrição de uma medicação que ajude a controlar a ansiedade," finaliza. 


Sandra Vasques diz que existem situações que a internação em uma clínica de reabilitação se faz necessária. "Internação só em casos específicos e muito graves e que em geral não são comuns, como não poder contar com a família para dar apoio no tratamento fora de uma instituição." 








A sexóloga ainda ressalta que a compulsão por prostitutas está diretamente ligada aos problemas psicológicos. Para a terapeuta sexual a deterioração das relações com familiares e fatores como timidez e insegurança são determinantes. "Nestas situações é muito provável que o homem já tivesse outro problema psicoemocional e assim, o problema não se restringe à compulsão por sites," declara Sandra Vasques. 


Apesar de muitos homens contratarem o serviço das chamadas acompanhantes, geralmente prostitutas de luxo que servem como par para festas e viagens, a prostituição ainda não é vista com bons olhos. Frequentadores dos antros de perdição, como são popularmente conhecidos, são acusados de serem incapazes de conseguir uma mulher por conta própria ou de fraqueza emocional. Todavia, será que uma ida ao bordel faz tanto mal? 


"Depende dos valores de cada pessoa e do que consideram que é bom ou não para elas. Muitos em nossa sociedade consideram errado sair com garotas de programa, seja por razões morais ou religiosas. Mas desde que o indivíduo tenha respeito por si e pelas pessoas com as quais assumiu compromissos e responsabilidades e esteja disposto a assumir as consequências de seus atos, o que fizer é por sua conta e risco," explica Sandra. 


Sandra Vasques acredita que manter relações com uma garota de programa é sim uma maneira de traição. "Se existe um acordo entre o casal de que eles serão fiéis um ao outro, então, sair com garotas de programa é sim uma forma de traição," ressalta. 

Mas respeitamos sim a opinião de todos! veja nesse vídeo! Nem todas mulheres levam para o lado da traição. 








Prostituição não é crime 



Não está prevista em lei nenhum tipo de punição para quem se prostitui, já que o cidadão é livre para fazer o que bem entender com seu corpo, entretanto tirar proveito desta prática pode dar cadeia. 


De acordo com o artigo 230 do código penal brasileiro, tirar vantagem financeira da prostituição alheia ou gerenciar uma casa de prostituição é crime. A pena pode variar entre um e quatro anos de reclusão. O problema é que existem brechas na lei e muitos estabelecimentos garantem que apenas vendem bebidas e oferecem diversão para os homens, como uma espécie de boate. Aí mora o problema.


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